8/04/2006

CAPITANIA DE SÃO TOMÉ 2

pintura- Ostium Fluminis Paraybae, Frans Post

Precisando de recursos para seus empreendimentos na capitania, Pêro viaja a Portugal deixando a Vila da Rainha aos cuidados de um certo Jorge Martins, e na volta, "entrava de novo o donatário pela barra do seu rio Paraíba do Sul, quando logo soube quanto havia sido desastrosa a curta ausência que de sua propriedade fizera o que para vê-la tem cem olhos"..."tudo se desbaratara: os colonos tinham pela maior parte deserdado, e a frente deles o administrador".
carta a D. João III em 29/04/1546

Pêro de Góis recomeça o povoado, "mas um corsário português desembarca em certo ponto da costa, traiçoeiramente prende um chefe goitacá, e, não obstante o resgate obtido, leva-o a uma tribo inimiga, onde o devoram".Os índios atacam o povoado e o destroem, "assim no mar como onde eu estava, se via tudo alevantado para me matarem e a toda a gente"."Fiquei com um olho perdido, de que não vejo, e bem assim perdidos quinze anos nesta terra: porém mais sinto ainda a perda que dei a homens que em mim confiaram".
Alberto Ribeiro Lamego, O Homem e o Brejo.


  • "Em janeiro de 1840 foi desenterrado no sertão de Cacimbas, no município de São João da Barra, uma peça de bronze, " fundida no reinado de D. Manuel, ou com moldes desse tempo, por ter uma esfera armilar abaixo das armas portuguesas "como opina P.de A. Bellegarde. Seria das tomadas a Pêro de Góis?" História Geral do Brasil, Francisco Adolfo de Varnhagen

Esta peça, um canhão, se encontra na praça da rua das palmeiras em São João da Barra.

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